Manifesto pela Segurança Eletrônica Brasileira

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11/03/2019

À criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), em seu objetivo de fortalecer, capacitar e regulamentar o mercado de sistemas eletrônicos de segurança, faz apelo ao entendimento da importância das tecnologias no combate à criminalidade e a necessidade urgente de se priorizar a votação de projetos da esfera da segurança eletrônica.
 
Endossamos a necessidade emergencial do direcionamento de recursos financeiros para o investimento em tecnologias, em conjunto à contratação de contingente humano. Estes equipamentos potencializam a ação da polícia, sendo um complemento fundamental ao multiplicar o alcance de monitoramento em escala nacional, além da integração de registros e bancos de dados, contribuindo para uma prevenção mais efetiva. 
 
São estatisticamente comprovados os benefícios advindos do emprego de tecnologias, como a implantação de videomonitoramento urbano, que reduz em até 85% as tentativas de assaltos e roubos, contribuindo diretamente para a sensação de segurança da população. No Rio de Janeiro, drones e câmeras nos capacetes dos agentes têm sido utilizadas nas operações dentro das comunidades. Outro exemplo é o projeto City Câmeras, promovido na cidade de São Paulo com apoio da ABESE, e que já conta com mais de 2 mil câmeras instaladas pela prefeitura e conectadas com o Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (COPOM). A meta é que até 2020 sejam 10 mil câmeras em operação. 
 
Além disso, o projeto Dronepol, a polícia drone - primeira da América Latina -, já está em operação, auxiliando principalmente na repressão ao tráfico de entorpecentes. Ambas ações têm refletido em importante redução no número de transgressões e aumento da rapidez na captura de criminosos. O índice de homicídios em São Paulo caiu para 6.1 por 100 mil habitantes, o mais baixo do país ao lado de outras duas capitais. A média brasileira é de 52 homicídios por 100 mil habitantes. 
 
Segundo dados da Social Progress Imperative, o Brasil é hoje o 11º país mais inseguro do mundo. Ainda assim, o segmento de sistemas eletrônicos de segurança registrou uma média de crescimento de 8% nos últimos cinco anos, com faturamento de R$ 6,04 bilhões em 2017. Somos um setor de grande potencial, que necessita de regulamentação e apoio para seu pleno desenvolvimento. No ano de 2018, o Estatuto da Segurança Privada volta ao Plenário do Senado para ser submetido à aprovação. É necessária e urgente sua regulamentação, para que o crescimento continue de forma ordenada, com foco no combate à violência e à criminalidade. 
 
A ABESE apoia com veemência a priorização do combate à insegurança dentro da pauta governamental e vê com bons olhos a especificidade do Ministério, mas segue acompanhando sua estruturação com atenção. Tecnologias como videomonitoramento, drones, reconhecimento facial, rastreamento, entre outras, representam o futuro da segurança pública e poderão ser aliadas estratégicas dentro dos propósitos do Ministério Extraordinário de Segurança Pública. Certamente, ao acreditar e investir nesse potencial, a liderança do país será capaz de lograr resultados positivos na busca pela pacificação.

Fonte: https://abese.org.br/index.php/374-manifesto-pela-seguranca-eletronica-brasileira

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